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HOMENAGEM AOS PROTOMÁRTIRES DO BRASIL

4 de Outubro de 2021


 Por Adília Aquino

No dia 03 de outubro,  a Igreja celebra a memória dos Protomártires do Brasil.

Mas quem são eles?

Na letra do Hino dos Mártires o Mons. Francisco de Assis Pereira, postulador da causa da beatificação, escreveu: “mostra quem são eles e de onde vieram”, e no refrão acrescentou: “Mártires da fé, filhos do Rio grande, homens e mulheres, jovens e meninos, pelo bom pastor, deram o seu sangue. Nossa Igreja em festa canta os seus hinos”. Foi ele que, em suas pesquisas históricas, chegou a identificar 18 nomes e encontrou referências indiretas a outros 12, perfazendo um total de 30 mártires.

A beatificação dos mártires do Rio Grande do Norte ocorreu no dia 5 de março de 2000, na Praça de São Pedro, em Roma. Com a morte do Mons. Assis, assumiu a condução do processo o Pe. Julio César, pároco de nossa Paróquia, tendo sido ele o postulador da causa da canonização que ocorreu em 15 de outubro de 2017.

Hoje quando a Igreja se refere aos protomártires fala “André de Soveral, Ambrósio Francisco Ferro, Mateus Moreira e seus companheiros”, então vamos aprender um pouco sobre cada um deles, mas não antes de entender: por que Protomártires do Brasil e não apenas Mártires do Brasil?

Segundo Mons. Assis, os mártires de Cunhaú e Uruaçu foram chamados assim, pelo Prefeito de Congregação das Causas dos Santos, porque foram os primeiros que derramaram o sangue pela fé em nossa Pátria, tendo o seu martírio reconhecido oficialmente pela Igreja.

Vale lembrar que a Capitania do Rio Grande foi invadida pelos holandeses, e que por mais de uma década, a convivência entre eles e os colonos foi marcada por uma mútua e total desconfiança. As arraigadas tradições católicas dos portugueses e a persistente doutrinação calvinista dos invasores converteram-se no obstáculo maior para uma convivência pacífica, duradoura e harmoniosa entre esses povos. O antagonismo e a radicalidade revelaram as características do ódio e da fé, motivos dos massacres de Cunhaú e Uruaçu, que marcaram a nossa história no século XVII.

O primeiro martírio aconteceu em Cunhaú, no dia 16 de julho de 1645, na festa litúrgica de Nossa Senhora do Carmo,durante a celebração eucarística presidida pelo idoso, já quase nonagenário, padre André de Soveral.

Conta-se que, na oração eucarística, no momento da consagração, após a elevação da hóstia e do cálice, os fiéis foram tomados de grande espanto quando entra, no recinto da igreja, Jacó Rabe à frente de um bando de soldados holandeses e índios tapuias e potiguares, todos eles bem armados com tacapes, bordunas, adagas, arcos, flechas e outras tantas armas. Era o exato momento em que os fiéis se encontravam de joelhos e concentrados num gesto de adoração a Jesus presente na Eucaristia.

As portas foram literalmente trancadas e a missa foi interrompida. Começou a grande chacina: foram trucidados e mortos o Pe. André de Soveral e todos os que estavam presentes na Igreja, aproximadamente sessenta e nove pessoas.

O segundo martírio, por sua vez, aconteceu em Uruaçu no dia 3 de outubro de 1645, menos de três meses depois do de Cunhaú. Nesta data, após muitas prisões e ameaças, os flamengos comunicaram aos que se encontravam na Fortaleza, todos coesos e unidos aos portugueses, que eles iriam para a região de Uruaçu, pois os tapuias já haviam se retirado para o sertão, não oferecendo mais perigo nenhum às suas vidas.

Foram então os prisioneiros levados em batéis (pequenas embarcações) pelo rio acima, acompanhados dos soldados chegando ao então chamado porto de Uruaçu. Desembarcados os portugueses e os guardas holandeses, foi iniciada uma verdadeira sessão de torturas. Em seguida, foram cercados pelos indígenas que se aproximavam com gestos e gritos ameaçadores. Um pregador calvinista trazido pelos holandeses tentou convencer os prisioneiros de que eles poderiam ser poupados se negassem à fé católica. Recusando o que lhes era proposto, trataram os portugueses de despedirem-se uns dos outros.

De acordo com o relato de Frei Manoel Calado, após as mortes deixaram os corpos postos ao sol, e sobre a terra, e sem nenhuma sepultura.

O Frei Rafael de Jesus descreve que “os tormentos e injúrias que tiraram a vida do Padre vigário daquela freguesia, Ambrósio Francisco Ferro, foram com tanto mais excesso quanto maior era o ódio que tinham aos sacerdotes (...)”.

Mas quem é o jovem mártir Mateus Moreira, patrono dos Ministros da Sagrada Comunhão Eucarística?

O seu nome está incluído no martírio acontecido no dia 3 de outubro de 1645, em Uruaçu, onde foi sacrificado juntamente com os 80 paroquianos da Paróquia de Nossa Senhora da Apresentação de Natal, da qual fazia parte como leigo engajado, fervoroso e mui devoto da Santíssima Eucaristia.

Lopo Curado Garro, em crônica escrita em 23 de outubro de 1645, escreveu: “A Mateus Moreira o abriram pelas costas, e lhe tiraram também o coração e as últimas palavras, (...)”:  “Louvado seja o Santíssimo Sacramento”.

É importante registrar que Mateus Moreira jamais assumiu a função de Ministro da Sagrada Comunhão Eucarística, pois esta faculdade só aconteceu depois do Concílio Vaticano II e sua regulamentação data de 29 de janeiro de 1973, mas pode ser considerado “Mártir da Eucaristia” pela maneira como sofreu o martírio, tendo ele manifestado publicamente sua adesão a Cristo e à sua Igreja.

Conforme escreveu o nosso querido Pe. Campos, Pároco da Igreja São Sebastião, o testemunho de fé deste leigo que chegou à honra dos altares, especialmente no ano dedicado ao laicato (comemorado de 26 de novembro de 2017 a 25 de novembro de 2018), merece ser conhecido e reconhecido por todos. De um modo muito especial por aqueles e aquelas que em suas comunidades e paróquias exercem, com dedicação, zelo, amor e dignidade, este Ministério tão nobre que consiste em ser elemento de comunhão e distribuir a sagrada comunhão, mormente aos que estão impossibilitados de participar da Celebração Eucarística em suas comunidades, ou seja, os enfermos e as pessoas idosas.

Finalmente, concluindo estas breves palavras, deixo aqui o nosso apelo para que todos os cristãos norte-rio-grandenses assumam para si a missão de propagar a devoção aos nossos Santos Mártires.

VIVA OS PROTOMÁRTIRES DO BRASIL!

VIVA OS MARTIRES DE CUNHAÚ E URUAÇU!


Obs.: Texto elaborado por Adília Aquino, a partir de notícias publicadas na internet sobre a beatificação e canonização, além de pesquisa no livro escrito por Pe. José Freitas Campos, intitulado “O sangue dos mártires: a história dos primeiros mártires do Brasil”.

Foto: 
salvatorianas.org.b
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